segunda-feira, 25 de julho de 2011

Three Floyds / Dogfish Head - Poppaskull


 

Na minha visita a cervejaria Three Floyds no final do ano passado (http://cervejasamericanas.blogspot.com/2011/03/visita-three-floyds.html) pude comprar essa cerveja rara, uma colaboracao entre a propria e a Dogfish Head.
A primeira cerveja de colaboracao entre as duas cervejarias se chamava Popskull, e foi feita em Indiana, na cozinha da 3F. Era uma lager escura de alta gravidade que tinha sido maturada com pedacos de madeira Palo Santo (usada em uma das cervejas da DFH, a Palo Santo Marron).
Ja a Poppaskull, a segunda colaboracao, foi feita nas dependencias da cervejaria de Delaware e lancada para o mercado em novembro de 2010. E' uma strong golden ale que leva adicao de cardamomo e e' fermentada com uma levedura belga de alto poder de fermentacao. Um terco de seu volume foi entao maturado por 6 meses em barris de carvalho que continham brandy e readicionado aos outros dois tercos antes do engarrafamento, este feito em garrafas de 750 ml.




Coloracao amarelo-dourada com notas amarronzadas, lembrando mel silvestre. Transparencia levemente turva. O colarinho e' branco com espessura de 1 dedo e tem boa persistencia e retencao no copo.

Aroma muito intenso e temperado. Muitas coisas misturadas aqui mas o cardamomo sem duvida domina.  Em segundo plano um pouco de malte, laranja, grapefruit e esteres de fermento belga, com notas frutadas e apimentadas.

O sabor se inicia bastante doce com malte e notas de mel, progredindo entao para o cardamomo, laranja e toques de limao. Finaliza bastante seco e spicy com os compostos de fermento belga associados a um amargor moderado. O alcool e' bem perceptivel no palato. Aftertaste continua com o cardamomo e as especiarias.

O corpo e' mediano e a carbonatacao extremamente alta, lembrando champagne e contrabalanceando um pouco a percepcao do alcool. Drinkability mediano.

Seu principal problema foi o uso excessivo do cardamomo que dominou muito o sabor (cervejas com especiarias tem resultados sabidamente imprevisiveis, e por esta ter sido apenas uma leva - edicao limitada - as falhas acontecem sem poder ser corrigidas com a boa e velha tentativa e erro). Tambem nao consegui perceber nada do carvalho ou do brandy.

No geral, novamente uma cerveja interessante vinda dessas duas inovadoras micro-cervejarias americanas (nano no caso da 3F). Me lembrou em muitos momentos uma Duvel com especiarias. Nao e' nem de longe uma obra prima mas valeu a experiencia.

Teor Alcoolico: 9.5%
Preco: US$ 15.00 a garrafa de 750 ml.


Notas:


Aparencia: 8.5/10
Aroma: 8/10
Sabor: 8/10
Sensacao: 7/10
Conjunto: 7.5/10


Total: 7.8

terça-feira, 19 de julho de 2011

Southern Tier - Pale

A cervejaria Southern Tier de Lakewood NY ja passou varias vezes aqui no blog, principalmente com as suas Stouts. E' uma cervejaria de primeira, sem duvida uma de minhas favoritas, e produz a MELHOR Pumpkin Ale do planeta, a Pumpking.

Um tempo atras eu tomei a Pale, que e' o nome da American Pale Ale deles. Tomei ela on tap, fresquinha em um happy hour em Washington. Como o rotulo abaixo diz, e' feita com dois tipos de malte e duas variedades de lupulos (nao consegui descobrir quais, mas provavelmente Cascade, Simcoe, Amarillo ou Centennial). Aqui vao minhas impressoes:


No copo tem uma aparencia extremamente clara, dourada e cristalina, com minimos hints avermelhados. Esperaria que fosse mais escura e turva...essa aqui lembrou a cor de uma Helles lager. O colarinho e' cremoso e branco como marfim, deixando retencao do tipo "teia de aranha" no copo. Apetitosa.

O aroma inicial e' de cereal, graos e um pouco de caramelo. Logo e' sobrepujado por notas intensas de citrico, limao e grapefruit que dominam completamente o malte.

O sabor novamente se inicia com malte, pao e graos e logo e' dominado pelos lupulos extremamente citricos com notas de grapefruit e tangerina. Tambem percebo mais pro final varios gostos bem frescos de grama e capim recem cortados apos uma chuva noturna. O amargor e' alto para o estilo porem baixo para o meu paladar. Final seco como deve ser. No balanco malte x lupulo o segundo ganha a "batalha".

Corpo medio a alto para o estilo (ela flerta com a designacao de IPA) acompanhado de um mouthfeel e drinkability absurdos. Tomei um copo de 400 ml em menos de 10 minutos brincando. A carbonatacao tambem e' de media a baixa. Visto o enorme e delicioso sabor, o alcool some  na cerveja que aparenta ter uns 3.5% abv ao inves dos 6.1%.

No geral e' uma deliciosa, saborosa e refrescante cerveja que tem GOSTO de cerveja e nao de agua. Cervejas do tipo American Pale Ale ainda nao sao feitas no Brasil (zero representantes na ultima Brasil Brau!) e eu nao sei bem o porque - na minha opiniao e' talvez o estilo que mais facilmente poderia "converter" os bebedores de light american lagers para o mercado das cervejas especiais.
E a Pale da Southern Tier e' um dos melhores exemplos desse estilo que eu ja tomei. Acho-a ainda melhor que a Sierra Nevada Pale, quase chegando no nivel da Three Floyds Alpha King, essa sim a melhor do mundo no estilo.

Teor Alcoolico: 6.1%


Notas:


Aparencia: 8.5/10
Aroma: 8/10
Sabor: 8.5/10
Sensacao: 9/10
Conjunto/Estilo: 9/10


Total: 8.6

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Visita a Flying Dog




A maioria dos consumidores de cervejas especiais aqui no Brasil ja conhece a Flying Dog. Grande parte dos seus rótulos ja estiveram disponíveis no pais ate' que, no final do ano passado, uma historia polemica envolvendo a importadora e suspeitas de alteração da data de validade / frescor, ocasionou a interrupção das importações ate segunda ordem. As ultimas cervejas que vieram para o Brasil expiraram sua validade ha pouco menos de 1 mes, e portanto, todas as cervejas daquele lote nao podem mais (em teoria) serem comercializadas no pais.

Fachada da cervejaria em Frederick Maryland

A Flying Dog na verdade e' originaria do Colorado (comecou como um brewpub em Aspen) e foi fundada por George Stranaham, cervejeiro, alpinista e maluco de plantão. Pra quem nao sabe a historia, esse curioso nome foi criado em 1983 em uma das expedições de alpinismo amador em que Stranaham e sua trupe conseguiram, apos muito sacrificio, escalar a  montanha K2 nos Himalaias, a segunda mais alta do planeta. Logo apos a expedicao, os aventureiros bebiam em um bar de hotel no Paquistao quando Stranaham gostou muito de um quadro na parede do bar que tinha um cachorro com asas. Dai criou a "filosofia Flying Dog" (a cerveja so' veio a aparecer em 1990) que e' algo como: "Todos sabemos que cachorros nao voam, mas ninguem disse a essa criatura que ela nao podia voar, assim como ninguem disse ao grupo de alpinistas que nao poderiam escalar o perigoso K2. E' impressionante o que se pode alcancar na vida se ninguem lhe diz que voce nao pode".

George Stranaham, em foto tirada do site da Flying Dog

A cervejaria e' ainda conhecida por sua relação com o escritor Hunter S. Thompson, um dos maiores usuarios de drogas psicoativas de que se tem noticia e autor do famoso livro "Medo e Delirio em Las Vegas" (que virou um filme estrelado pelo Johnny Depp). Thompson era muito amigo de Stranaham e influenciou o Modus Operandi da companhia, bem como diversos nomes de cervejas (como a Gonzo Imperial Porter, nomeada em homenagem ao estilo de jornalismo criado pelo escritor).

Hunter S. Thompson na capa da Rolling Stone

E' também da relação com Thompson que surgiu a ideia de que todos os seus rótulos fossem desenhados por Ralph Steadman (http://www.ralphsteadman.com/), assiduo colaborador do escritor em todos os seus livros. Steadman tem um estilo visualmente agressivo e muito peculiar de desenhar, e todo mundo que olha o rotulo de uma cerveja da Flying Dog pela primeira vez fica muito impressionado, principalmente pela absurda falta de criatividade nesse “fundamento” aqui no Brasil.

Ralph Steadman

No final do ano passado, em meio a toda essa polemica envolvendo a importação, tive a oportunidade de visitar a cervejaria la em Frederick, estado de Maryland, pertinho de Washington DC. Alias descobri que a mudança do Colorado para Maryland aconteceu porque nao havia muito espaço fisico para expansão na fabrica antiga e, ao estudar o mapa de vendas, percebeu-se que a popularidade e volume na região do nordeste americano era altissimo. Isso ainda coincidiu com o fechamento de uma grande cervejaria com equipamentos e instalações modernas em Maryland que iria ficar desativada. Pesando todos esses fatores, bem como a concorrência ferrenha no Colorado, em 2009 o pessoal resolveu pegar os “cachorros” e se mudaram para essa nova fabrica que vem funcionando ate' o presente momento.

Apos a mudança de estados, a cervejaria ficou fechada a visitacoes do publico por um problema legislativo: O estado de Maryland simplesmente proibia a degustação de mais de uma dose de bebida alcoólica em qualquer tipo de tour de cervejaria, o que inviabilizava totalmente a pratica da mesma. A propria Flying Dog ja esta se mobilizando para mudar essa lei mas ate' quando eu estava nos EUA as visitacoes ainda se encontravam suspensas (UPDATE: acabei de descobrir que elas foram retomadas semana retrasada no dia primeiro de julho!)

A minha sorte foi a que durante alguns eventos cervejeiros aos quais eu compareci durante o ano na região de Washington, acabei conhecendo o JT Smith, que faz parte de relações publicas da cervejaria. Através dele, consegui marcar uma visita “extra-oficial” em um domingo quando a fabrica estava fechada e somente as leveduras estavam trabalhando. Foi um tour particular que ele deu pra mim e pra minha tia, que aconteceu mais ou menos assim:


Chegamos no domingo na hora do almoço sabiamente instruidos a trazer alguns quitutes, ja que eles nao tem restaurante ou comida no local. Assim fomos munidos de queijos, paes, frios e pates. Chegando la (apenas 15-30 min ao noroeste do centro de Washington) encontramos o JT e fizemos uma degustação das cervejas disponíveis on tap (e de graça!), ali mesmo no tasting room (que pela lei ainda nao podia ser usado). Segue a invejável taplist:

Doggie Style Pale Ale
Old Scratch Amber Lager
Tire Bite Golden Ale
Snake Dog IPA
Road Dog Porter
In-Heat Wheat Hefe Weizen
Gonzo Imperial Porter
Double Dog DPA
Horn Dog Barley Wine
Raging Bitch Belgian Pale Ale (cerveja do vigesimo aniversario da FD)
K-9 Winter Ale (sazonal de inverno)
Wild Dog Coffee Stout
Barrel Aged Gonzo Imperial Porter (envelhecida no Barril de Carvalho)
Uma single Hop DIPA feita com um lúpulo novo chamado Eldorado (versao experimental)




Enfim, ficamos tomando, comendo e conversando por um bom tempo ate' que a tour começou


Degustacao antes do tour

O tasting room vazio

O tasting room e' todo decorado com posteres dos rótulos da FD e pode-se ver algumas das medalhas do World Beer Cup e do GABF na parede, inclusive o certificado de melhor microcervejaria americana do ano de 2009:


Passamos primeiro pela parte administrativa com uma grande sala de reuniões com as paredes todas decoradas com desenhos do Ralph Steadman, seguida de um corredor com uma coleção de latinhas de cervejas antigas. A partir dali duas portas de metal levavam ao interior da cervejaria:



uma das salas de reunioes mais legais que eu ja vi


Na parte “quente” da cervejaria fica a maltaria e a cozinha, com os toneis na parte elevada em uma plataforma de metal. E' muito moderna e toda de aço inox. O Brew Kettle tem capacidade de 50 barris e os controles de transferencia e de temperatura sao todos eletrônicos:













Seguimos para a sala “fria” com todos os fermentadores e alguns barris de carvalho, feitos para experimentação A fabrica e' gigantesca com muitos fermentadores, alguns deles a todo vapor com a mangueira borbulhando no balde:




Fomos entao a ala de engarrafamento e empacotamento, também muito moderna e igualmente gigante. Sao pilhas e pilhas de caixas de cerveja empilhadas, esperando o transporte do dia seguinte:




Seguiu-se entao o momento mais epico da visitacao, quando o JT me ofereceu um pouco de Extra Special Gonzo: ele simplesmente retirou um prego de um barril de carvalho e me colocou um copo da Gonzo Imperial Porter inoculada com cepas de Brettanomyces e Lactobacillus, "fresquinho" (na verdade ja estava no barril por uns 2 anos) e sem carbonatacao. Os aromas azedos da fermentação selvagem logo encheram o ar e apesar de extrema, a cerveja estava deliciosa.

Extra Special Gonzo com Brettanomyces no barril por 2 anos!

Deu pra perceber que a Flying Dog e' uma cervejaria muito seria e irreverente ao mesmo tempo. Seus funcionarios sao muito simpáticos e fazem de tudo para agradar. Realmente e' uma pena que nao tenhamos mais essa cervejas por aqui, pelo menos por enquanto.



E so pra manter a tradição, segue a minha avaliação da Wild Dog Coffee Stout que eu tomei no tasting room aquele dia:



Aparencia e' marrom bem escuro, quase totalmente negra. A espuma e' marrom avermelhada e nao durou muito, deixando um anel na superficie. Retencao nas laterais foi nula. Cerveja de aparencia bem licorosa e pesada.

O aroma e' bem centrado no cafe' om notas de espresso parecendo logo de cara. Tambem pode-se sentir algumas notas de chocolate, baunilha e alcool. Mas parece mesmo um copo de cafe' gelado.

Na boca a cerveja segue o aroma com o cafe' e um pouco de chocolate dominando o malte escuro, que se mantem sempre em segundo plano. O aftertaste remete novamente ao cafe' com um toque adocicado de melaco.

O corpo e' surpreendentemente mediano, com mouthfeel aveludado e sem nada daquele adstringente percebido em muitas cervejas de cafe'. Carbonatacao media a baixa, elevando ainda mais o drinkability que na minha opiniao e' o ponto mais forte dessa stout.

Geralmente nao gosto muito de stouts com o corpo mais leve mas gostei da manobra para deixar o cafe' se sobressair um pouco. Uma bela cerveja que deveria ser produzida em maior quantidade.

Teor Alcoolico: 8.0%
Preco: degustacao

Foto retirada do blog BEERsimple

Notas:


Aparencia: 7/10
Aroma: 8.5/10
Sabor: 8/10
Sensacao: 9/10
Conjunto: 8/10


Total: 8.1

domingo, 3 de julho de 2011

Mais da cervejaria mais maluca dos EUA - Pretty Things, parte 3 de 3 - St. Botolph's Town


Finalizando a serie de 3 posts sobre a Pretty Things Beer and Ale Project, temos a Saint Botolph's Town, uma "Rustic Dark Ale" que segundo a propria cervejaria nao se encaixa em nenhum estilo muito definido

A ideia da receita foi fortemente inspirada pelas cervejas strong ales bem maltadas da regiao de Yorkshire (terra natal de Dann e Martha). Alguns exemplos comerciais citados por ele sao a Theakston's Old Peculier, Robinson's Old Tom, Samuel Smith's Yorkshire Stingo e a Daleside Morroco Ale - esta ultima eu tive o prazer de tomar em um pub Londrino ha mais ou menos um ano (obviamente sem saber da relacao com a Pretty Things):




Acima, algumas das cervejas inglesas que inspiraram a Saint Botolph's Town

Seguindo a tradicao de Yorkshire, foi usado como base o malte da maltaria artesanal Thomas Fawcett & Sons assim como aveia maltada e trigo torrado. Alem disso, a cerveja ainda leva a adicao de 4 tipos de acucares adjuvantes para ajudar na coloracao e no sabor. A brassagem tambem foi feita com tecnicas celebres do velho mundo, como e' o caso do Decoction Mashing, pratica de retirar parte do mosto, ferve-lo separadamente e readiciona-lo ao mosto original, tudo isso para realcar as caracteristicas do malte bem como para lhe conferir um aspecto envelhecido.
A fermentacao, tambem segundo a tradicao Yorkshireana, e' feita em tanques abertos. Foram usadas duas cepas combinadas - uma de estilo ingles e outra belga (ai sim o protocolo foi quebrado) para conferir um final mais rustico.


O nome da cerveja vem como uma homenagem a Boston, MA - cidade onde Dann vive atualmente. O que pouca gente sabe e' que a Boston original fica na regiao de Linconshire,  cerca de 200 Km ao norte de Londres, na costa leste da Inglaterra. Foi de la que vieram alguns puritanos que acabaram fundando a cidade que hoje e' uma das maiores dos EUA.
O nome Boston na verdade e' uma abreviacao para "Botolph's Town" ou Botolph's Stone" devido a uma igreja na cidade que tem uma torre de 83 metros de altura, apelidade carinhosamente de "The Stump".
Botolph ou Botwulf foi um monge e santo que viveu ao redor de 600 depois de cristo e e' padroeiro dos viajantes. Sua festa e' comemorada todo ano na Inglaterra no dia 17 de junho.

Saint Botolph, padroeiro dos viajantes e inspiracao para o nome de Boston

Na foto, Dann Paquette com a cerveja em uma pedra que simboliza o local de 
um discurso feito por Saint Botolph no ano de 675.

Saint Botolph's Town


Coloracao marrom escura, quase opaca, com tons avermelhados quando olhada contra a luz. Forma colarinho marrom bem claro de uns 2 dedos que persiste por muito tempo (segundo o pessoal da cervejaria eles cronometraram que a espuma perdura por mais de 10 minutos). Retencao nas laterais e' boa tambem. Linda cerveja.

Aroma suave de malte torrado, nozes, chocolate e cafe'. Um pouquinho de alcool se faz presente.

Sabor incial bem doce, com muito malte torrado, melaco, mel, caramelo e toffee. Tem bem menos notas de cafe do que no aroma. No meio do gole aparece um pouco de amargor de lupulo que da uma cortada boa no doce do comeco. O final e' longo e persistente, com aftertaste mais pro torrado/amargo.

Mouthfeel melado e corpo medio a alto, mas sem aquela sensacao pesada na gargante e no estomago, pois o alcool e' inexistente (engracado e' que da pra sentir um pouco no aroma). A carbonatacao e' bem alta.

No geral uma strong ale explosiva! Muito saborosa e complexa e melhor do que a grande maioria. Geralmente a gente fica impressionado quando uma cerveja bem maltada esconde o seu alto teor alcoolico. Com essa cerveja acontece o oposto. O que surpreende e' que o teor alcoolico seja tao baixo para o tanto de malte perceptivel. Sera que a levedura nao deu conta e deixou muito acucar residual ou sera que foi intencional? De qualquer maneira nao vejo isso como um defeito. Gostei da Saint Botolph's Town e recomendo pra quem goste de bombas de malte.

Teor Alcoolico: 5.9%
Preco: US$ 6.50 na loja


Notas:

Aparencia: 9.5/10
Aroma: 7/10
Sabor: 8.5/10
Sensacao: 7/10
Conjunto: 8/10

Total: 8.0